A iniciativa surge em resposta às crescentes reivindicações de trabalhadores
A proposta visa substituir a escala 6x1, em que o trabalhador labora seis dias seguidos para ter um de descanso, por modelos que ampliem folgas e promovam alternância de turnos, assegurando maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
“Estamos questionando um modelo que é resquício de um sistema exploratório, sem espaço em uma sociedade que busca conciliar desenvolvimento econômico com bem-estar social”,
afirmou Hilton.
A PEC é fruto de mobilizações do VAT, que reuniu mais de 1,3 milhão de assinaturas em uma petição pública pela reformulação da jornada de trabalho. A campanha ganhou força nas redes sociais, onde Azevedo utiliza sua influência para denunciar condições precarizadas, especialmente nos setores de comércio e serviços.
Embora tenha apoio de parte dos sindicatos, setores do movimento sindical questionam a viabilidade prática da proposta, apontando possíveis resistências empresariais. Para o vereador, a resistência reflete uma visão ultrapassada.
“Defendemos um modelo que respeite o trabalhador e seja viável para os empregadores. É um diálogo possível e necessário”.
Especialistas destacam que o modelo 6x1 tem raízes históricas na industrialização, perpetuado em nome da produtividade. Porém, estudos indicam que jornadas exaustivas geram absenteísmo, queda de desempenho e problemas de saúde. A PEC é considerada um avanço, mas enfrenta desafios no Congresso. Com a tramitação iniciada, o VAT promete pressionar por meio de ações online e articulação com lideranças de diversos partidos.